Um acervo gráfico ilimitado da arte Asurini celebrado em sua beleza e força simbólica. Presente no corpo, na cerâmica, na cultura material deste povo do médio rio Xingu, os grafismos evocam as nuances de um universo em encanto através de padrões geométricos criados de forma espontânea e intuitiva. Imergindo no conceito da “grande panela”, objeto ritualístico de conexão com o divino, a concepção gráfica enalteceu os “ritos” dessa gramática visual. Um projeto feito em parceria com a curadoria, os povos indígenas e pesquisadores com o desejo de fortalecer e expandir essa arte, fazendo jus ao seu valor (i)material.

Construído em 1880, o casarão que abriga o Museu do Índio, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro, é uma relíquia preservada da arquitetura de moradas da aristocracia do final do século XIX. Buscando uma integração harmônica com cada detalhe deste espaço de memória, toda a intervenção gráfica do projeto expositivo estabeleceu um diálogo cuidadoso com a casa tombada, hoje patrimônio cultural.

Inúmeras peças gráficas foram desenhadas com o intuito de fomento da cultura e da economia Asurini e preservação de seu patrimônio cultural, entre elas um catálogo de peças cerâmicas marcadas por elaborada decoração e acabamento em verniz vegetal, apresentadas especialmente para colecionadores e apreciadores dessa arte ancestral.