Proibida pela família de ser atriz, Laura Alvim transformou essa frustração em potência, construindo nas dependências de sua casa um palco e criando um Centro Cultural. O monólogo Casa de Laura contou a história dessa mulher que fez de seu lar um espaço para que outras pessoas pudessem viver a arte que lhe foi negada. Através de uma visita guiada performática, “Laura” recebia seus “convidados”, compartilhando seus encantos, neuroses, seu olhar mais íntimo. De forma exploratória, o público adentrava a atmosfera peculiar do Museu, a Casa de Cultura Laura Alvim, marcado por fortes simbolismos.

Nascida no Dia de Finados, Laura era obcecada pela cor preta e por anjos. Pensadas como parte integrante desse acervo, as peças gráficas, elaboradas como adornos de parede, traziam elementos icônicos desse universo, como a renda de trama negra usada pela própria Laura Alvim, remetendo ao imaginário dessa mulher que, mesmo flertando com o soturno, lançou um brilho único sobre o cenário cultural carioca e nacional.